São João da Boa Vista é um município brasileiro do estado de São Paulo.
Segundo estimativas do IBGE para 2009, São João da Boa Vista tem uma população de 83.909 habitantes e seu IDH é de 0,843, considerado o 15º melhor do estado de São Paulo. É conhecida pelos seus maravilhosos crepúsculos.
Geografia:
Localiza-se a uma latitude 21º58'09" sul e a uma longitude 46º47'53" oeste, estando a uma altitude de 767 metros.
Aspectos Físicos e Geográficos
São João da Boa Vista está na região cristalina da Serra da Mantiqueira (Região geomorfológica de Lindoia e Serra Negra) e próximas à linha de contato com a região sedimentar (Depressão Periférica), que estão a oeste do município, em direção a Aguaí.
As terras do município se encontram na Média Mogiana, fazendo parte da 5ª Região Administrativa do Estado e ainda é sede de uma minirregião de Campinas. O clima e o tipo de solo propiciam ao município a predominância das culturas agrícolas e pecuárias.
Topografia
A cidade ocupa as primeiras colinas dessa área, que, se elevam, gradativamente, até o rebordo do também chamado de planalto de Poços de Caldas.
As colinas da parte urbana possuem altitudes de 730 metros, em média. Este sítio urbano, acidentado, explica a irregular malha urbana de São João da Boa Vista: algumas ruas, em ladeiras, não retilíneas, sem saídas ou praças parcialmente fechadas (Joaquim José). Tudo isto oferece ao habitante paisagens belíssimas, mesmo estando em meio aos edifícios. Para leste, pode se ver a belíssima serra, os horizontes são mais amplos e abertos, possibilitando assistir ao colorido “pôr do sol”, nos meses de abril a maio. A cidade faz jus ao “slogan” – “Cidade dos Crepúsculos Maravilhosos”.
- Altitude do Marco Zero do Município - 729 metros, localizada na Praça Gov. Armando Sales. E pico mais alto é no Morro do Mirante com 1663 metros.
Clima
O clima é tropical quente. Os invernos não são rigorosos. Os dias são quentes, no verão, mas a brisa agradável das noites refresca as madrugadas. Junto às serras, que funcionam como barreiras interceptoras das massas de ar, que participam da formação do clima do Estado de São Paulo, há descarregamento maior da umidade, em forma de chuvas orográficas. Muitas vezes fortes e copiosas. A pluviosidade está em 1.140 mm anuais e as chuvas se concentram nos meses mais quentes, a partir de outubro. Não há no município um posto meteorológico com funcionamento pleno. Os mais próximos são os de Casa Branca e de Mococa. Assim os dados sobre a temperatura do ar podem ser estimados aproximadamente em: média 28°C, máxima 34°C, mínima 5°C. Média no verão: 22°C e média no inverno: 18°C. Há um vento local que sopra do leste ou às vezes do sudeste ao qual os habitantes de São João da Boa Vista dão o nome de: "Boqueirão do Prata". A história registrou geadas fortes causadoras de grandes prejuízos ao café. Citamos as de 1870, 1886, 1902 e 1918. As geadas podem ocorrer em junho e julho, mas são fenômenos não habituais.
Vegetação e Ocupação do Solo
A vegetação original já foi praticamente devastada. Dominava a mata tropical, com boas madeiras de lei.
A prática da agricultura e, de modo especial, a do café, colocou fim à parte florestada. Hoje, temos apenas pequenos vestígios desta mata, em grotões íngremes ou protegendo as nascentes ou minas d'água.
Na parte oeste do município, encontrávamos o início dos campos cerrados, com vegetação rasteira e arbustos retorcidos e de casca grossa. Hoje, já não existem mais. O solo, que era considerado improdutivo, foi corrigido pelas novas técnicas e esta área se tornou a melhor para a agricultura, pois é fácil a mecanização da lavoura, que aí se instalou. Já a área cristalina das serras, importante no início do café, tem terras cansadas pela agricultura tradicional e vítima da erosão, por causa dos acentuados declives. Hoje essas terras são ocupadas, principalmente, por pastagens e, em algumas áreas, a batata inglesa tem sido cultivada com sucesso.
Solo
Dominam no município os solos: Podzólico Vermelho Amarelo - Orto (57%) - Este solo ocorre na área cristalina. É ácido e medianamente ácido. O relevo é o principal fator restritivo ao uso deste solo, seguido pela erosão, geralmente decorrente daquele fator e pela fertilidade. O manejo desse solo requer práticas agrícolas cuidadosas. É solo indicado para culturas permanentes, pastagens e florestamentos.
Vem, em seguida, o solo Latossolo Vermelho Amarelo-Orto, ocupando 24,6% da área do município. Também é solo formado a partir do Complexo Cristalino da região serrana, ocupando a área das meias encostas das serra e relevo ondulado.
Apesar de ser solo fisicamente bom, não havendo nesse particular nenhuma restrição ao uso agrícola, pois é solo profundo e com boa capacidade de retenção de água, não se presta na maioria dos casos, à culturas anuais, devido à declividade acentuada, sendo, portanto, mais indicado ao uso com culturas permanentes e, ainda, pastos e reflorestamentos. Convém salientar, entretanto, que nas áreas menos declivosas, o uso intensivo deste solo, com culturas anuais, se torna possível.
Hidrografia
Os principais rios que cortam o município são: Rio Jaguari-Mirim, Córrego São João e Rio da Prata. Rio Jaguari-Mirim - O nome Jaguari-Mirim vem do tupi-guarani. Segundo o professor Dr. Plínio Airosa significa: Jaguari - "rio da onça ou rio do cão", Isto é, onde a onça (ou o cão) bebe água. Mirim - rio pequeno. Grande só o Guaçu.
O rio Jaguari-Mirim é tão emblemático para São João da Boa Vista figurando, por isto, em sua bandeira. É o "listrão" de prata na parte inferior de sua flâmula atravessando-a por completo simbolizando que faz o rio em terras são-joanenses.
Infra-Estrutura
Aeroporto Regional
Distrito Industrial
Próximo a grandes centros
Educação
Saneamento Básico
Saúde
Cultura e Lazer
Estrutura de mídia
Agropecuária ampla
Acesso Rodoviário
SP 344 e SP 342
Distâncias
175 km da Capital
Historia:
As origens de São João da Boa Vista apresentam pontos controversos que jamais serão perfeitamente esclarecidos. Não há documentação fidedigna que traga prova irrefutável de como se deu sua fundação.
Aceita-se, no entanto, como fato comprovado que as terras que formam hoje o município pertenciam a Mogi Mirim e foram ocupadas por Antônio Manuel de Oliveira (vulgo Antônio Machado), que, juntamente com seus cunhados Ignácio e Francisco, chegou às margens do Rio Jaguari-Mirim, vindos de Itajubá no ano de 1821.
Antônio Machado doou o terreno para o patrimônio da futura população e, desde quando fora erguida a capela sob o patrocínio do monsenhor João José Vieira Ramalho, vinha o eclesiástico a ela, de sua Fazenda Pinheiros, a fim de celebrar missa aos domingos e, possivelmente, celebrar batismos e matrimônios. Nessas viagens, monsenhor tomou-se de amores pelo povoado incipiente, acabando por mudar-se para lá, adquirindo propriedades rurais e casas na parte povoada. Padre Ramalho deve ter sido um interessante tipo de pioneiro, destemido e que sabia batalhar pelas suas opiniões políticas. Sabe-se que tomou parte da revolução de 1842. Ainda hoje existem na Estação da Prata os córregos do Quartel e do Polvarinho, assim como a Serra do Paiol, que devem ser remanescentes dos nomes dados a pontos estratégicos utilizados nas empreitadas bélicas do ativo sacerdote.
O nome da cidade deriva do fato seguinte: os Machado chegaram aqui em vésperas de São João e resolveram dar o nome do santo festejado ao pouso onde se instalaram. Quanto ao resto do nome da cidade (da Boa Vista), explica-se pelas paisagens encantadoras que se descortinam das serras e da maravilhosa mutação de cores que apresentam aos que a admiram da cidade.
Em 28 de fevereiro de 1838, o pequeno povoado foi elevado à freguesia e, em 24 de março de 1859, lei provincial elevou a freguesia a vila. Existe ainda nos arquivos da Prefeitura a ata da instalação da nova vila, em cerimônia realizada em 7 de setembro de 1859.
O verdadeiro patrono do município foi Monsenhor João José Vieira Ramalho, pois sem seu interesse e sua proteção não se desenvolveria o pequenino burgo; o povo queria ser assistido por padre e sentia a necessidade de uma capelinha para a celebração da missa dominical e dos sacramentos. Padre Ramalho incentivou o aumento de população propiciando aos moradores aquilo que mais desejavam; estabelecendo-se depois aqui, deu ao município o impulso necessário para progredir.
Com os trilhos da Mogiana, chegou mais tarde um novo estímulo para o progresso pois facilitavam o intercâmbio econômico e cultural com cidades mais adiantadas e com a capital da então Província de São Paulo.
O município compreendia a própria sede e as vilas de Aguaí (então Cascavel), Vargem Grande e Prata que com o decorrer do tempo foram conseguindo sua autonomia, erigindo-se em cidades progressistas dignos rebentos de sua laboriosa cidade-mãe.
Surgiu então a primeira escola municipal, sendo primeiros professores registrados o casal Sandeville; a Prefeitura recebeu de Joaquim José de Oliveira, um prédio onde pudesse funcionar e a cidade foi crescendo devagar, espalhando-se pelos terrenos que margeiam o Jaguari, o rio da Prata e o córrego São João. As casas foram surgindo em depressões e colinas formando com o anos um aglomerado bastante denso.
Patrocinada por um sacerdote como a cidade de São Paulo, São João da Boa Vista constitui uma população extremamente religiosa. Em 1848 foi construída a primeira Igreja Matriz. Em 1890 foi construída a nova igreja e em 1912 foi ampliada a quase toda reconstruída; a torre foi aumentada, foram edificadas duas capelas laterais e foi instalado o altar-mor, todo de mármore importado da Itália. O atual pároco, Cônego Antônio David, no início de suas funções realizou grande reforma no templo, pondo em ação os planos de seu antecessor, Monsenhor Vinhetas.
Datas comemorativas
Aniversário 24 de junho
Fundação 1821
Gentílico sanjoanense
Administração:
Prefeito, Nelson Mancini Nicolau
Vice-Prefieto, Elenice Vidolin
Economia:
A sua participação no mercado estadual é número 79, e no mercado nacional é 248 (Target Marketing 2008). A cidade tem 415 indústrias, 1.404 prestadores de serviços, 42 agronegócios e 10 agências bancárias, além de ter 2.432 estabelecimentos comerciais.
Fundo Participação dos Municípios
FPM-2004: R$ 8.015.897,81
FPM-2005: R$ 10.694.054,57
FPM-2006: R$ 11.785.663,66
FPM-2007: R$ 13.534.513,45
FPM-2008: R$ 15.925.579,29
Comércio
São João da Boa Vista tem mais de 1.500 (um mil e quinhentos) estabelecimentos comerciais apoiados e fomentados por uma Associação Comercial e Empresarial atuante e de fundamental importância para o setor. A cidade cuida para que o comércio local se desenvolva sempre e mantenha-se na posição de centro regional de compras, firmando-se como uma importante atividade geradora de emprego e renda.
Agricultura
Na agricultura, São João da Boa Vista destaca-se pela produção de milho, café, feijão, e principalmente cana-de-açúcar. Na pecuária, o principal produto é o gado de corte. Nesta região pode se encontrar uma usina de açúcar e álcool, que atende também municípios vizinhos.
Indústria
A atual política de industrialização oferece uma série de benefícios visando atrair investimentos nos diversos setores produtivos, comerciais e de serviços. Entre os principais benefícios oferecidos por São João da Boa Vista destacam-se: • a doação de área em distritos industriais com infra-estrutura; • isenção de tributos municipais; • acompanhamento de todo o processo de transferência e instalação da Empresa no município quer nos aspectos de integração ao Grupo de Empresários local e regional, quer no relacionamento com as Instituições locais e finalmente na adaptação dos funcionários e familiares vindos com a Empresa à nova cidade. No grupo que constitui as empresas locais, a de maior porte e capital, inclusive estrangeiro, é a usina de Álcool e Açucar do município.
Religião:
Igreja Católica
O município pertence e é a sede da Diocese de São João da Boa Vista.
Igreja do Evangelho Quadrangular
Foi no município de São João da Boa Vista, que foi fundada a 1° Igreja do Evangelho Quadrangular do Brasil, no ano de 1951.
Educação:
Encontram-se instalados na cidade: 02 centros universitários 26 escolas municipais 13 estaduais 27 particulares
Escolas profissionalizantes e de qualificação profissional, como: • Instituto Federal (antigo CEFET) (Que atualmente oferece curso superior de tecnologia). • SENAI • SENAC • SEBRAE
Índice de alfabetização do município ultrapassa 94% do total de habitantes.
O IDH de São João da Boa Vista está em 15ª colocação entre os 645 municípios do estado de São Paulo e ocupa a 54ª melhor índice de IDH no Brasil.
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)
FUNDEB-2004: R$ 2.453.400,65
FUNDEB-2005: R$ 2.958.274,69
FUNDEB-2006: R$ 3.379.814,44
FUNDEB-2007: R$ 4.965.897,32
FUNDEB-2008: R$ 6.565.510,78
Turismo:
A cidade possui a única Incubadora Cultural do estado.
Teatro Municipal
Inaugurado em 1914 sendo restaurado e transformado em Centro Cultural da Região. Tombado pelo CONDEPHAAT. Possui capacidade para cerca de 760 pessoas.
Museu Histórico e Pedagógico "Armando Salles Oliveira"
Construção de 1870, possui acervo histórico. Pertence à prefeitura.
Museu de Arte Sacra da Diocese
Possui um acervo rico em paramentos dos séculos XIX e XX, em tecidos bordados á ouro e prata. Imagens em madeira do século XVIII, objetos religiosos, pinturas e mobiliário da época.
Academia de Letras de São João da Boa Vista[2]
É uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1971. Foi declarada de "Utilidade Pública" pela lei estadual 3.041/81 e pela lei municipal 112/75. Seu lema: "Os livros governam o mundo".
Espaço Cultural "Fernando Arrigucci"
Espaço Cultural "Fernando Arrigucci"
Antiga Estação Ferroviária
Centro Cultural Pagu
Abriga a Biblioteca Municipal “Jaçanã Altair” com acervo completo de jornais, revistas, biblioteca infantil, sala de leitura de periódicos, gibiteca, mapoteca, grande quantidade de livros para pesquisa, leitura. Além, do núcleo de informática - Acessa São Paulo. Junto ao Centro Cultural também está a Casa do Artesão, onde vários artesãos da cidade expõe e vende seus mais variados trabalhos. O nome do Centro Cultural homenageia a escritora sanjoanense Patrícia Rehder Galvão (Pagú)
Papyrus Livraria
Oferece inúmeras atividades: Café literário, Exposições de Obras de Artes, Tabuleiro de xadrez para o público em geral, além de ser livraria.
Cine Ouro Branco
Hoje uma das maiores salas de cinema do Brasil, com 920 lugares.
Eapic
A EAPIC (Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de São João da Boa Vista) é a mais tradicional festa de toda a região de São João da Boa Vista e atrai visitantes de vários estados do Brasil. O evento é conhecido como “a festa country mais completa do país”, por reunir diversos eventos simultâneos, que vão de exposições agropecuárias a shows com os “tops” no cenário musical, do sertanejo ao pop-rock.
Sua exposição agropecuária é reconhecida e muito respeitada em todo o Brasil, reunindo animais de todo o País e também do exterior, com julgamentos ranqueados por associações.
Dentro da programação, o público pode conferir diversas outras atrações além das tradicionais exposições de bovinos e equinos, como exposições de ovinos e caprinos (que tem por finalidade fomentar o desenvolvimento da cadeia produtiva da ovinocultura na região de São João da Boa Vista), prova de Charrete, prova de Hipismo Clássico e Marcha de Equinos e Muares.
O Rodeio é outro atrativo da EAPIC. As provas de montaria em touros e em cavalos fazem parte do Circuito Nacional de Rodeio, organizado pela CNAR – Confederação Nacional de Rodeio. O primeiro colocado em montarias em touros disputará a grande final do Circuito Barretos de Rodeio, em agosto. Este ano a EAPIC ocorreu de 3 a 12 de julho, no Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo.
Palácio Episcopal
Residência oficial do Bispo da Diocese de São João da Boa Vista
Praça Roque Fiori, 280 – Tel. 3622.2245
Estado de Conservação:
Estação Ferroviária da FEPASA
Praça Rui Barbosa, n. º 41 - Rosário.
- Trens de carga passam pela cidade diariamente em direção ao sul de Minas Gerais.
- Espaço onde se encontra o Departamento de Cultura e Turismo, Escola Municipal
de Iniciação Musical, Fundação Oliveira Neto (responsável pela restauração e reforma do Teatro Municipal), Arquivo Municipal, Academia de Letras, o Espaço Cultural Fernando Arrigucci - com exposições variadas durante o ano todo e o Banco do Povo.
Estado de Conservação: Precisa ser restaurado e reformado.
Feira de Artes e Artesanato
Praça Cel. Joaquim José – Tel. 3631.0313
Horário de Funcionamento: sábado: 9h-18h domingo: 14h-22h
Casa do Artesão
Rua Benedito Araújo, 44 – Tel. 3631.0316
CADESP
Cooperativa de Artesanato Designer da Serra da Paulista
R. Benjamin Constant
Fontes:
http://www.ferias.tur.br/informacoes/9647/sao-joao-da-boa-vista-sp.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_da_Boa_Vista#Religi.C3.A3o
http://www.saojoao.sp.gov.br/home/index.php
site da cidade:
http://www.saojoao.sp.gov.br