Geografia
Sete Barras é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 24º23'16" Sul e a uma longitude 47º55'32" Oeste, estando a uma altitude de 30 metros. Sua população estimada em 2008 era de 13.211 habitantes
Possui uma área de 1.052,106 km².
Hidrografia
* Rio Juquiá
* Rio Ribeira de Iguape
* Rio Preto
* Rio Saibadela
* Rio Etá
* Rio Dois Irmãos
* Rio Ipiranga
* Ribeirão Turvo
Bairros
* Areado
* Barra do Ribeirão da Serra
* Cacubo
* Conchal Branco
* Conchal Preto
* Dois Irmãos
* Dois Irmãozinhos
* Etaguá
* Etá
* Edel
* Formosa
* Guapiruvu
* Itopamirim de Cima
* Itopamirim de Baixo
* Jaguaruna
* Jardim Ipiranga
* Jardim Magário
* Jardim Nossa Senhora de Aparecida
* Mamparra
* Monjolo
* Onça Parda
* Pracatu
* Rio Preto
* Saibadela
* Santa Cruz
* Vila São João
COMO CHEGAR
Localização
Litoral Sul Paulista
Limites
Registro, Eldorado, São Miguel Arcanjo, Tapiraí, Juquiá.
Acesso Rodoviário
SP-139 - SP-165
Distâncias
160 km da Capital
História
Colonização e História de Sete Barras
A denominação deste povoado também encerra uma lenda. O Cel. Diogo Martins Ribeiro Júnior, em seu trabalho “Riquezas da Ribeira de Iguape”, publicado em 1922, referindo-se a Sete Barras diz o seguinte:
“Antigamente o lugar onde está SETE BARRAS, denominava-se – Goyntahogoa – segundo ouvi de um índio velho, na seguinte lenda em que se explica a origem do nome atual”.
“Nos tempos em que se minerava ouro no Arraial (no rio Iporanga) um espanhol que lá esteve batendo nas guapiaras, conseguiu após algum trabalho, juntar muitas pepitas de ouro, perfazendo o total de vários quilos do cobiçado metal, que fundiu em sete barras de grande peso cada uma.
Resolvendo voltar à Pátria, levando a sua preciosa carga, o espanhol descia o Ribeira em canoa, quando no pouso que fez no sítio denominado Goyntahogoa, soube que se havia instalado no Registro, um posto de pesagem de ouro, para o pagamento de 5% à coroa de Portugal.
Resolvido a burlar a coroa Portuguesa, o espanhol tratou de indagar se poderia chegar a Santos, sem passar pelo registro. Para obter essa informação, desceu até a barra do Juquiá, tendo previamente enterrado no sítio Goyntahogoa, todo o ouro extraído das minas do Arraial, inclusive as sete barras do precioso metal .
Chegando a barra do Juquiá, encontrou diversos índios que, interrogados lhe disseram que subindo pelo Y-iquiá e pelo Caynhoire (São Lourenço) e Itariri, pelas cabeceiras deste último, era muito fácil de ir a praia do mar.
Estava o espanhol resolvido a fazer a viagem por aquele itinerário e já pensava em voltar ao sítio Goyntahogoa, quando um dos índios, quando um dos índios lhe falou da quantidade de ouro existente no rio Guyrõmbyi (quilombo), no lugar denominado Tarenconcé (Travessão).
Essa notícia tentou-o a nova exploração. Sem voltar a Goyntahogoa, subiu o espanhol o rio Quilombo e chegou ao Travessão onde, sem muito trabalho tirou grande porção de ouro.
Era porém o aludido espanhol amigo de furar sertões, e tendo notícias das ricas minhas do Pedro Vaz, resolveu ir até as cabeceiras do rio Assunguy e alí entrar com o dito Pedro Vaz. Entretanto, este não consentiu que o espanhol fosse seu sócio naquelas explorações.
Deixou então o Assunguy e foi a Goyntahogoa desenterrar o seu ouro, baldados foram os seus esforços, nunca mais soube encontrar o seu precioso enterro. Depois de seguidos dias de inúteis pesquisas, resolveu voltar à Pátria, levando o ouro do Travessão, que não era inferior em quantidade e qualidade ao ouro extraído do Arraial e hoje enterrado no sítio Goyntahogoa, até que algum felizardo o encontre e faça a exumação desse “cadaver”, capaz de arredar muitos cadaveres”.
Deixou então, não sem pesar, o Goyntahogoa, que desde então passou a denominar-se SETE BARRAS.
DE GOINTAOGA A SETE BARRAS
Para os índios, era Gointaoga, ou na ortografia colonial Goyntahogoa. Mas vieram os brancos, e com eles a febre do ouro e a poesia das lendas. Muitas lendas se criaram sobre o ouro: as lendas das sete barras, e Gointaoga se chamou Sete Barras.
A Lei Provincial nº 28, de 10 de março de 1.842, criou o Município de Xiririca, com território desmembrado de Iguape. Gointaoga ou Sete Barras – o vilarejo de mineradores passou a pertencer à nova vila. Anos depois, mais precisamente no dia 23 de março de 1885, a Lei Provincial nº 58 criava o Distrito de Paz de Sete Barras, no Município de Xiririca.
Quando da criação no Brasil do registro civil, Sete Barras teve instalado o seu Cartório de Registro, um dos primeiros do país.
E em 11 de julho de 1891, registrava-se já o primeiro nascimento: Maria, filha de Salvador Trudes de Morais e Costa, e sua mulher Anna Fermina de Sant’Anna, nascida em 25 de junho do mesmo ano. Registrava-se também a primeira habilitação para casamento civil no distrito: Custódio Evaristo da Costa e Maria Olímpia Firmina.
A 12 de agosto de 1.920 teve início a colonização japonesa no distrito. A Kaigai Kogio Kabushiki Haisha, além da colonização agrícola, explorava também o ouro da região, não só o garimpo do aluvião, como a Mina do Cavalo Magro, hoje propriedade do Banco do Estado de São Paulo e desativada. Voltava-se ao ciclo do ouro, e às lendas sobre o ouro. Rapazes aventuraram-se às margens do Rio Laranjeirinha e até mesmo ao Quilombo para batear ouro nos dias de folga.
Contam que um jovem japonês, bateando aos domingos nos ribeirões próximos, chegou a juntar mais de dois quilos de ouro em pepitas. O novo ciclo, entretanto, deveria acabar com a liquidação da KKKK, durante a Segunda Guerra Mundial, devolvidas as terras restantes e as instalações comerciais e industriais da companhia japonesa ao Governo do Estado, a mina foi cercada, guardada e desativada; as lendas sobre o garimpo arrefeceram, e Sete Barras voltou suas atenções para a banana, vindo a merecer o nome de “Ouro Verde do Vale”.
Em 1944, quando da criação do Município de Registro, o distrito de Sete Barras foi desligado de Xiririca, recebendo o acréscimo de uma parte do distrito de Juquiá, para juntamente com o distrito de paz de Registro, formar o novo município.
Poucos anos ficou Sete Barras agregada a Registro.
Em princípio de 1958, um grupo de moradores locais começou o movimento pela autonomia do município. Algumas dificuldades tiveram que ser superadas, entre elas a distância da sede municipal, que a Lei fixa em 20 quilômetros; Sete Barras fica a pouco mais de 18 quilômetros de Registro. Contam que para atingir a distância mínima, a medição foi lavada até a porta da matriz, superando por poucos metros o limite mínimo. Provadas as condições legais para a autonomia, foi realizado o plebiscito entre os moradores do local.
Para os índios, era Gointaoga. Para os brancos que vieram depois, era Sete Barras. “um prenúncio do Eldorado”. Para o japonês, em procura de espaço de terra, foi Canaã ou Xangrilá. Par aos setebarrenses de hoje, descendentes dos índios de Gointaoga, dos brancos de Eldorado, dos japoneses de Xangrilá, é Sete Barras – o Ouro Verde do Vale, cognome adotado pela Lei Muncipal nº 429/75 de 28 de novembro de 1.975.
Aniversário: 18 de dezembro
Fundação:18 de dezembro de 1958
Gentílico: setebarrensse
Administraçao
* Prefeito: ADEMIR KABATA
Turismo
Cachoeira Alta
A "Cachoeira Alta", dista do centro da cidade 29 km, estrada de terra, mas de tráfego bom. "Cachoeira Alta" sobressai pelo encanto selvagem do local, ainda pouco visitado e bem preservado, sua principal queda d'água é de aproximadamente 20 metros de altura, com uma beleza fora do comum, e em sua volta existem outras duas quedas d'água com menores dimensões, fazendo porém um belo conjunto. As cachoeiras são o adorno natural do sistema da Mata Atlântica e Serra do Mar.
Parque Estadual Carlos Botelho
INFORMAÇÕES SOBRE O PARQUE: http://pecarlosbotelho.blogspot.com.br/
O Parque Estadual Carlos Botelho, foi criado pelo Decreto nº 19.499, de 10 de setembro de 1.982.
Na região havia diversas reservas florestais. Eram denominadas, Carlos Botelho, Capão Bonito, Travessão e Sete Barras, que pertenciam à Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Elas apresentavam condições propícias para serem aglutinadas e formarem um único Parque Estadual. Desse modo atenderiam melhor às finalidades de preservação dos recursos naturais nativos, exibindo os admiráveis atributos de sua beleza.
Assim foi criado o "Parque Estadual Carlos Botelho" , com a finalidade de assegurar integral proteção à flora e às belezas naturais de suas matas, bem como sua utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos.
Os principais cursos d'água da reserva são: rio Quilombo, Rio Preto, Ribeirão da Serra e Ribeirão Terrível.
Sua vegetação é de uma floresta latifoliada, de encostas tropicais úmidas com muitas orquídeas e samambaias, o parque ainda preserva muitos animais silvestres, tais como: jacu, jacutinga, nambu, papagaios, tucanos, uru, etc.
Turismo local
Sete Barras conta com um potencial de trilhas e cachoeiras com pouca exploração, tendo o Rio Ribeira de Iguape que corta o município num trecho de 90 quilômetros.
Como a região é uma importante área de produção da banana, anualmente Sete Barras realiza a Festa da Banana. O ecoturismo também é bastante atrativo na cidade, por conta da passagem do Rio Ribeira de Iguape nas proximidades.
Site da cidade
http://www.setebarras.sp.gov.br
Fonte
http://citybrazil.uol.com.br/sp/setebarras/atracoes-turisticas/atrativos-diversos
http://www.ferias.tur.br/informacoes/9687/sete-barras-sp.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_Barras
http://www.setebarras.sp.gov.br/index.php?exibir=secoes&IDNOTICIA=4&ID=51